sexta-feira, 24 de setembro de 2010

85 planos

É amanhã cedo a gravação do curta... muitos planos pra rodar... vai ser um dia cheio... ;)
vou dormir!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

EXistenZ

A cultura contemporânea mistura, absorve, redistribui figuras outrora rigidamente interpretadas, desconstruindo-as, renomeando-as. Tudo é bifurcação exausta. A linguagem já não serve para instituir uma ordem e uma segurança. A tecnologia contemporânea está a deslocar os limites do humano. No ciberespaço podem ter-se várias personalidades: cabeças fabricadas com mãos de arame que interagem de forma esquizóide, com múltiplas personalidades projectadas simultaneamente para fora. Pelo menos imaginariamente. E se não passássemos de seres tecidos por ondas luminosas e sons repetidos? Que representa hoje o tecnoparaíso? Que utopia encarna o desejo maquínico? E porque é "eXistenZ" a metáfora do inferno? É verdade que "o inferno são os outros" como dizia Sartre? Anuncia o "inferno" de Cronenberg, que utiliza a pornografia, o terror e a abjecção como temas filosóficos filtrados pelo prisma da ciência, da medicina e da tecnologia, a destruição eminente de nós mesmos? Não são o tecnoparaíso e o inferno de "eXistenZ" irmãos gémeos nascidos da mesma mutação em que o corpo e a máquina se conjugam para fabricar o real? Não assenta o caminho que leva ao paraíso (e ao inferno) numa matriz alquímica que mergulha no inferno das minas, que se exalça ao paraíso nas drogas e se liga hoje através da electrónica?

A base primeira de tudo o que acontece é o "lugar", entenda-se a essência enquanto relação. O próprio saber não é nem saber dum objecto nem o saber dum ser mediador do todo, mas saber do lugar. Habitar foi sempre viver-com. O próprio sonho é o lugar da anamnese, da unidade. A própria terra é lugar de epifania da paisagem, cujo modelo é o sítio paradisíaco, o Jardim. Primeiro foi a religião que prometia esse lugar edénico, o lugar da visão beatífica, como recompensa das boas obras ou da boa vida. O Inferno é o lugar de tormentos que merece o ímpio por ter perdido o rosto. A ciência substituíu a religião prometendo a imortalidade, depois foi a onda das ideologias que invadiu tudo com a sua manta aeriforme; hoje é a cibercultura que aparece como uma perspectiva humanista que actualiza os princípios de liberdade, de igualdade e de fraternidade do século XVIII, com alguns desvios e acentuações, sobretudo no domínio da arte.

São Tomás falava dos lugares do Além como “quasi loci”, o que desde logo marca a sua indeterminação espacial. Giorgio Agamben, no seu livro "A Comunidade que vem" qualifica as personagens de Robert Walser como "habitantes do limbo", criaturas "irremediavelmente extraviadas" que vagabundeiam numa região que está para além da perdição e da salvação". Entende-se: o limbo é para os teólogos o lugar para onde vão as crianças que morrem sem terem sido baptizadas aí permanecendo para toda a eternidade privadas da visão de Deus. Mas até esse "lugar" desertou do catecismo da Igreja católica. A geografia do além correspondia, em grande parte, a uma topofobologia do sujeito. Nessa mundividência, o além é ainda um espaço hierarquizado. Na Net a imagem de rede substituíu a imagem de um espaço hierarquizado. É o que Edward Soja chama “the dynamics of capitalist spatialization”: as novas paisagens urbanas não têm centro . A cibercultura é a concretização técnica de vários ideais revolucionários, alguns deles de raíz joaquimita. O ciberespaço promete, como a Nova Jerusalém, a imponderabilidade, o brilho, palácios no interior de palácios, a transcendência da natureza e o pleroma de todas as coisas culturais.

A censura, a vigilância, a genética e a monitorização das provas farmacológicas, as comunciações televisivas e outros meios tecnológicos sobrepõem-se agora numa simbiose que enlaça o mental e o físico. Os filmes de David Cronenberg manifestam resolutamente uma consciência aguda da corporalidade. "Não penso que a carne seja necessariamente traiçoeira, perversa...É como o colonialismo...A independência do corpo relativamente à mente e a dificuldade da mente para aceitar o que essa revolução pode acarretar" (CC, 80). A insurreição biológica, v.g. domina toda esta filmografia que é um híbrido de orgânico e de tecnológico. Os seus filmes são anatomias do impacto da tecnologia sobre a psique pós-humana, com ênfase particular nas experimentações genéticas e do comportamento, a saturação da realidade com simulacros, as subversões do sexo e do género. Nesta mesa de dissecação anatómica de carne e de sentimentos fundem-se as velhas dualidades cartesianas de mente e corpo, dentro e fora, razão e emoção e começamos a ver surgir novas possibilidades de metamorfose evolutiva. O corpo e os seus tormentos são aqui o lugar de exploração em que tudo vacila: doenças, deformações, mutações, decomposição, parasitismo, enxertos, de par com obsessões, nevroses, perturbações mentais, identidades duplas, alucinações, desrealizações.

Espaço deslocamento fixo


, upload feito originalmente por Macielpaludo.

sábado, 18 de setembro de 2010

Aos fuzilados da CSN

Aos que habitam
Cortiços e favelas
e mesmo que acordados
pelas sirenes das fábricas
não deixam de sonhar
de ter esperanças
pois o futuro
vos pertence
Pois o futuro vos pertence! (coro)
Pois o futuro vos pertence! (coro)
Aos que carregam rosas
Sem temer machucar as mãos
pois seu sangue não é azul
nem verde do Dólar
mas vermelho
da fúria amordaçada
de um grito de liberdade
preso na garganta
Fuzilados da CSN
assassinados no campo
torturados no DEOPS
espancados na greve
A cada passo desta marcha
Camponeses e operários
tombam homens fuzilados
Mas por mais rosas que os poderosos matem
nunca conseguirão deter
a Primavera!
Pois o futuro vos pertence! (coro)
Pois o futuro vos pertence! (coro)

domingo, 12 de setembro de 2010

Não, eu sempre posso voltar

"ASTRONAUTA"
Os Replicantes
Composição: Replicantes

Quando ela disse, "cai fora"
A lua inteira soube, na hora
Eu era só um pobre, astronauta
Trabalhando numa armadura de lata
Meu chefe era um, robô desalmado
Ele disse aqui na lua isso é bem normal
Mulher é coisa rara, brinquedo mimado
Primeiro bota em órbita
e depois trata mal

Comprei uma passagem num foquete pra terra
e disse ao robô, a ferrugem te espera
Ele acendeu uma, luzinha na testa
e disse lá em baixo já acabou a festa

Não, eu sempre posso voltar
roubar um carro e rodar por aí
Não, eu sempre posso esquecer
a poeira lunar e ter uma mulher só pra mim

Desci pensando em todas as mulheres da vida
Gastei o meu dinheiro nos prazeres do sexo
O que pode fazer um astronauta cansado
Além de esquecer que um dia foi amado

Não, eu sempre posso voltar
Roubar um carro e rodar por aí / rodar por aí
Não, eu sempre posso esquecer
a poeira lunar e ter uma mulher só pra mim

Agora quando a lua, cresce no céu
Aperto contra o peito o coração de Bebel
e abençôo toda a indústria eletrônica
por ter criado a minha nova esposa fiel
E molho a garganta tentando me livrar
das últimas partículas de poeira lunar
Bebel então percebe e começa a chorar
e eu tenho medo que ela vá enferrujar também

Não, eu sempre posso voltar
roubar um carro e rodar por aí / rodar por aí
Não, eu sempre posso esquecer
a poeira lunar e ter uma mulher só pra mim

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Indignado

Quanta demagogia nessas m. de debate, m. de candidatos
sistema podre falido...
ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
sempre o mesmo papo po!!!
será q ninguém percebe? será q a memória curta tomoou conta de todos?
É um bando de cara de pau, perderam a vergonha faz tempo.
educacao falida
enquanto não investirem pesadamente em educação e estrutura no geral
o brasileiro vai sempre tomar na cabeça
como sempre foi...
tem medo da mudança e memória curta...
As mudanças estão longe de acontecer...
O povo precisa acordar...
não tem opção...
o lance é ir no OOO e tecla verde.
E agora estamos na geração dos filhos....
ta loco meu.
muita podreira rolando...
Quanto mais leio as notícias de política,
mais se tem a noção da podreira q rola.
Estamos ha décadas esperando algo de real...
mas não a coisa so piora.
Não existe uma notícia q vc leia e se sinta bem,
e se beneficie de verdade.
A carga de imposto é absurda.
vivemos no império da mediocridade.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Into the Wild (Natureza Selvagem)

A felicidade so é verdadeira qdo compartilhada.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Drunken Butterfly

I love you, what's your name?

Arte Bicicleta 2010

Saia da bolha...

http://artebicicletamobilidade.wordpress.com/2010/08/26/arte-mobi-bici-010-divulgacao/artebicicweb-4/

Aniversário Linus Bar.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Toy art

Muito bem bolado esse trabalho com fotos macro.

Arte com discos de vinil

Andando pela net encontrei isso... maneiro
http://somentecoisaslegais.com.br/blog/2010/08/arte-com-discos-de-vinil-decoracao-retro/